UFSC promove passeio ao projeto Tamar de Florianópolis

Visitação faz parte da Semana do Meio Ambiente da universidade

FELIPE PAZE

O grupo Tamar, fundação brasileira dedicada à pesquisa, proteção e reabilitação de tartarugas marinhas no Brasil, recebeu a comunidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na segunda-feira de maio, 26. O passeio foi gratuito, desde a locomoção até a entrada no parque, e reuniu alunos da graduação, professores e servidores públicos da universidade até o centro de visitação do projeto na Barra da Lagoa, em Florianópolis.

Tartaruga Verde em tanque de observação do Tamar, a espécie é a mais comum do litoral catarinense. Foto: Felipe Paze

A visita foi guiada pela bióloga e integrante do projeto Caroline Dalloglio, que apresentou ao público as ações da fundação que acolhe tartarugas marinhas de todo o litoral da região Sul. “Nosso trabalho consiste na recuperação das espécies, que ficam abrigadas no hospital veterinário do Tamar, que hoje atende dez tartarugas em fase de reabilitação, assim como o monitoramento dos animais quando devolvidos à natureza”, explica Caroline.

A bióloga compartilhou com os visitantes da UFSC as principais causas que ameaçam a vida marinha de Florianópolis. “A maioria dos casos que chega até nós é de tartarugas que foram contaminadas pelo excesso de lixo nas praias e espécies ameaçadas pela pesca da tainha na ilha”. Segundo ela, lacerações na pele dos animais causadas por anzóis e obstruções dos canais respiratórios devido à ingestão de “redes fantasmas” abandonadas por pescadores são comuns.

Grupo da UFSC acompanhando a fala da guia do passeio na entrada do parque. Foto: Felipe Paze

O passeio fez parte do cronograma da Semana do Meio Ambiente 2025, organizada pelo programa UFSC Sustentável. A servidora do Laboratório de Ecologia Urbana (Leur) da universidade, Camila Poeta Mangrich, acompanhou a visita e reconhece a importância da iniciativa. “É uma oportunidade ótima, especialmente para quem sempre teve curiosidade de conhecer o projeto, mas não tem como cobrir o deslocamento ou ingresso de entrada. O meio ambiente é acessibilidade”, ressalta.

O cronograma também incluiu visitas ao Museu Oceanográfico, em Balneário Piçarras, ao Parque da Serra do Tabuleiro, na Palhoça, e ao Instituto Çarakura em Ratones. A Semana do Meio Ambiente na UFSC, que foi 26 a 30 de maio, contou com ecotalks, minicursos e oficinas.

Grupo observando as tartarugas oliva, que vivem até aproximadamente 90 anos. Foto: Felipe Paze

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