Exposição da UFSC destaca figurinos marcantes do Curso de Artes cênicas

Mostra reúne obras pertencentes ao acervo do Laboratório de Figurinos

AYANA ARAÚJO

Peças clássicas, definidoras da linguagem da moda, ocupam até 20 de junho o espaço central do Salão Circulação da Biblioteca Universitária (BU), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O projeto “Fios e Memórias: Narrativas Vestíveis do LabFig” expõe nove figurinos produzidos por artistas, estilistas, docentes e discentes do Curso de Artes Cênicas. A curadoria foi feita por Rachel Teixeira Dantas e as produções por Andréia Angst, Lívia de Pelegrin e Rachel Teixeira Dantas.

A mostra faz parte do acervo do Laboratório de Figurino (LabFig), localizado no Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Ele preserva cerca de mil peças históricas aptas para empréstimos a estudantes, professores e técnicos dos cursos de artes cênicas e cinema da universidade. Sessenta são voltadas para pesquisa e exposições, das quais sete fazem parte da exposição, e outras duas confeccionadas pela própria Rachel, chamadas “O que fizeram de mim” e “ O que eu fiz com o que fizeram de mim”.

Figurino “Amor de Dom Perlimplim com Belisa em Seu Jardim” criado pelo figurinista Márcio Cabral Silva em 2013 e doado em 2014. Foto: Ayana Araújo

Na cerimônia de abertura, em 19 de maio, foram realizados discursos da curadora do projeto e da coordenadora da BU, Sigrid Weiss. No evento, houve homenagens aos participantes do LabFig e agradecimentos especiais aos envolvidos na produção das roupas.

Para Sigrid, o Laboratório cumpre o papel de espaço de memória, pesquisa e criação. “Ele tem história, presta homenagens, guarda memórias e nos conecta com diferentes tempos e expressões. Espero que a exposição inspire novas conexões e novos estudos”, afirma.

Rachel Teixeira Dantas e Sigrid Weiss na cerimônia de abertura da exposição. Foto: Ayana Araújo

Alguns figurinos são produzidos por nomes reconhecidos da moda em Santa Catarina, como a diretora de arte Carmen Fossari e o estilista Gesoni Pawlick. Além deles, a exposição destaca as produções feitas por estudantes de Artes Cênicas da universidade. “A importância da mostra é dar visibilidade ao laboratório de figurinos e, consequentemente, para os cursos relacionados”, conta a curadora Rachel.

Elementos como lantejoulas, miçangas, franjas e tecidos contornados por fitas prateadas compõem o cenário artístico e visual da mostra. A exposição reúne as variedades da costura e a diversidade de histórias construídas no processo de confeccionar as roupas. “Parte dos figurinos icônicos do laboratório evocam histórias de quem já usou e que complementam o nosso acervo”, diz.

O  estudante de Artes Cênicas, João Felipe Pereira dos Santos, enfatiza o fato do laboratório pertencer à universidade e destaca o sentimento de reconhecimento dentro do âmbito acadêmico. “Para a comunidade acadêmica, prestigiar essa exposição pode despertar maior interesse naquilo que se constrói e se produz dentro do curso de artes cênicas”, diz.

Nove modelos do Laboratório de Figurinos foram apresentados. Foto: Ayana Araújo

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