Projeto realizado por estudantes organiza saídas semanais ao Hemosc com novos doadores

MELISSA PRADO

Alunos do oitavo período do curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveram a campanha “Doe Vida”. O projeto é financiado por patrocinadores, levando gratuitamente estudantes interessados ao Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) para realizar as coletas de sangue e medula óssea, em Florianópolis.

A motivação por trás da iniciativa é da estudante Mayla Neves, líder da campanha. “O projeto começou com o objetivo de ajudar pessoas como a minha mãe, diagnosticada com leucemia em 2019 e que conseguiu realizar o transplante de medula graças à doação”.

A campanha teve início no segundo semestre de 2023, na disciplina de Projetos Sociais, com a orientação do professor Marcos Boschetti. As divulgações da campanha ocorrem pelas redes sociais e em lugares específicos do campus Trindade, como a saída do Restaurante Universitário.

Um formulário é apresentado aos estudantes para preenchimento das datas disponíveis para realizar as doações. O transporte é gratuito, saindo da UFSC em frente ao Centro de Eventos e indo para o Hemosc, na avenida Prof. Othon Gama D’Eça, no Centro.

As ações acontecem duas vezes por semana e irão ocorrer até o fim de novembro. Até o momento, 60 pessoas demonstraram interesse no projeto e 12 doadores já participaram.

Além de intermediar as doações, o grupo responsável pelo projeto também irá realizar uma palestra presencial, segunda-feira (16) às 18h30, no Auditório de Pós-Graduação do Centro de Ciências da Saúde (CCS). A conversa busca esclarecer eventuais dúvidas e apresentar relatos de pessoas que já receberam doações de sangue e de doadores frequentes. 

Gustavo Mendes, aluno de Administração da UFSC, conheceu o projeto por meio das divulgações nas redes sociais e realizou sua primeira coleta de sangue para doação na primeira semana de outubro. “Também fiz meu cadastro para ser um doador de medula, pois sei que muitas pessoas não sobrevivem ao câncer porque não encontraram doadores disponíveis, já que é um processo mais demorado.”

De acordo com o Ministério da Saúde, cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. O grupo de estudantes tem como meta conseguir 120 doadores, o que possibilitaria ajudar 480 pessoas. A expectativa é que os participantes se tornem doadores regulares no Hemosc e que espalhem a importância do projeto entre comunidade acadêmica.