Para aumentar índice de imunização em Florianópolis, prefeitura promove “van da vacinação” na UFSC
Aplicação estava prevista para ocorrer somente na quinta-feira, mas, devido à alta procura, foi estendida até sexta-feira
BRENDA GASPARETTO
Apenas 17,84% da população geral está vacinada contra a Influenza (gripe) em Florianópolis, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. Apesar da baixa adesão, van da vacinação formou fila extensa, na quinta-feira (25). A ação, que é da prefeitura, oferta todas as vacinas do Programa Nacional de Imunização e foi realizada na Reitoria I da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A van esteve outras cinco vezes na universidade em parceria com o Departamento de Atenção à Saúde (DAS) da UFSC, mas em nenhuma delas o número de aplicações tinha sido superior a quinhentas doses diárias. Na quinta-feira, foram aplicadas 824 vacinas, das quais 401 foram do tipo Influenza Trivalente.
O momento de maior procura foi ao meio dia. “Consegui sair da fila, cortar o cabelo e voltar”, disse Gabriel Goes, estudante de Relações Internacionais, que estava aguardando para ser vacinado contra a gripe. O universitário ironizou quanto ao tempo de espera. “Se soubesse que ia demorar tanto, preferia ter pegado gripe”. Ele estava acompanhado de um amigo, os dois chegaram aproximadamente às 14 h, e foram atendidos às 16h32.
O término da vacinação estava previsto para as 17 h, mas nesse horário, havia mais de cem pessoas aguardando a vez. Devido à alta demanda, a van voltou à universidade na sexta-feira, quando foram aplicadas mais 560 doses. Houve solicitação de mais profissionais para atendimento, mas o quadro de funcionários é limitado.
Nicolle Ruzza, diretora do DAS, defende a demora no atendimento como exceção, e explica que a procura expressiva se deve à aplicação da vacina contra a Influenza. “No início do semestre, a van ficou durante uma semana e em nenhum dia chegou perto do que foi formado de fila agora. Então, acredito que essa grande procura é devido à temporada de Influenza”, disse.
O índice de adesão à vacina está baixo porque a população vai “deixando para outra hora”, é o que considera Francisco Silva, da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho da UFSC.
Para ele, ações como essa contribuem para maior imunização devido à praticidade. “É muito mais fácil para a comunidade acadêmica ir no intervalo até a reitoria do que em algum posto de saúde”, afirma Francisco.
O DAS pretende divulgar nas próximas semanas mais datas para a volta da van da vacinação. As próximas aplicações devem ocorrer durante um período maior e com a possibilidade de reestruturação de filas, divididas em grupos prioritários.
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