“Se nem o bombeiro subiu, por que ela subiu?”, indaga vigilante que presenciou o caso

DEBORAH CAETANO

Uma estudante subiu numa plataforma suspensa a mais de 11m de altura para tentar retirar um gato branco de cima de uma árvore no Cento de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na quinta-feira, 5, em Florianópolis. Segundo a vigilante Luci Reis, o animal costuma circular naquela área. Quando Luci chegou, às 6h30, ele já estava na árvore. Ainda pela manhã, a direção do CCS colocou uma escada no tronco da árvore para tentar resgatar o bichano, mas ele se esquivou e subiu para os galhos mais altos.

O diretor do CCS, Fabricio Neves, acionou o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Neves falou que algumas estudantes também ligaram para os bombeiros e uma delas afirmou ser a dona do animal. O Corpo de Bombeiros chegou ao CCS por volta das 14h30. O comandante explicou aos estudantes que a fragilidade dos galhos inviabilizava o acesso à árvore e que o bichano conseguiria descer por conta própria, sem intervenção humana. A equipe instalou uma plataforma para que o gato atravessasse quando a movimentação diminuísse, já que muitas pessoas estavam aglomeradas ao redor da árvore.

A Diretoria do Bem-Estar Animal (Dibea) também foi acionada e esteve presente no local junto com os Bombeiros. O Dibea reforçou a constatação dos brigadistas de não intervir e deixar que o animal saísse por conta própria da árvore.

De acordo com a portaria do CCS, por volta das 17h30, uma aluna subiu na plataforma e derrubou o animal com uma vara. O gato caiu em uma lona que os estudantes seguravam. Com o impacto da queda, a lona rasgou e o felino, já no chão, saiu apressadamente. A vigilante Luci ouviu alguns alunos incentivarem a colega a subir na árvore, mas fazia ronda em outra área quando a situação aconteceu. Luci acionou a Central de Segurança da UFSC após o ocorrido, mas a estudante não foi localizada. Para o diretor do CCS, a atitude dos alunos foi preocupante. “Quem são esses profissionais da saúde que não atendem recomendações e arriscam vidas?”, questionou.