TAEs da UFSC analisam nova proposta do governo amanhã (23)

Paralisados há 72 dias, servidores reivindicam reajuste para 2024 

RAFAEL CARDOSO E PEDRO FATTAH

O Comando Local de Greve (CLG) dos técnicos-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá se reunir, para avaliar uma nova proposta de reajuste feita pelo governo, amanhã (23) às 9h30, na tenda do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (SINTUFSC), em frente ao prédio da reitoria I do campus Trindade, em Florianópolis .

Durante a 5ª rodada de negociação da Mesa Específica e Temporária, realizada nesta terça-feira (21), em Brasília (DF), o governo federal ofereceu um reajuste de 9% em 2025 e de 5% em 2026 para a categoria. A proposta não atende a principal demanda dos servidores de um reajuste neste ano. A greve dos TAEs soma 72 dias na UFSC. 

De acordo com Renato Milis, psicólogo do Colégio de Aplicação e membro do CLG dos TAEs, técnicos de 66 universidades brasileiras aderiram à greve. Na UFSC, cerca de 1,5 mil pessoas fazem parte do movimento, o que representa mais de 50% da categoria na universidade.

Para Renato, a greve é essencial para a manutenção da categoria nas universidades, já que, segundo ele, cada vez mais pessoas abandonam a carreira.


“Hoje, a nossa categoria está em vias de extinção, se as coisas continuarem como estão. Em média, a cada dez trabalhadores que entram na universidade, sete não permanecem”, explica.


Conforme divulgado pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), 26 setores da Universidade são afetados pela paralisação em Florianópolis. Entre eles, a Biblioteca Universitária (BU) que conta apenas com salas de estudo individual abertas, o Hospital Universitário (HU) que funciona parcialmente e as Clínicas Odontológicas, que estão fechadas. A lista completa de serviços afetados em todos os campi pode ser acessada no site da Agecom.

Cartazes dos grevistas no prédio da reitoria da UFSC. Foto: Pedro Fattah

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