Abertura de mostra sobre importância de Mário Kaplún e Ana Hirsz na educação ibero-americana contou com presença de Gabriel Kaplún, filho do casal

VITÓRIO FLEURY

Valorização dos espaços educacionais, aproximação da comunicação à comunidade e participação da população no processo de aprendizado foram algumas das formas de ressignificação do processo educacional que o casal de educadores uruguaios Mário Kaplún e Ana Hirsz aplicaram ao longo de suas vidas. 

A palestra Memórias da Comunicação Educativa e Comunitária: 100 anos de Mário Kaplún e Ana Hirsz, realizada nesta segunda-feira (8), no Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, relembrou as ações do casal dedicadas à comunicação e à educação ibero-americana.

“Sempre tentaram fazer uma mídia educativa, contando boas histórias, que é o começo do processo de comunicação”, afirmou Gabriel Kaplún, filho do casal e professor da Faculdad de Información y Comunicación da Universidad de la República (Udelar), do Uruguai, durante a palestra. Gabriel seguiu o mesmo caminho dos pais e é mestre em Educação e doutor em Estudos Latino-Americanos pela Udelar.

Colombiano de sangue, Mário teve influência de Paulo Freire e Martín-Barbero, e defendia uma comunicação mais plural e dialógica, valorizando a identidade cultural da Ibero-América, região do continente americano onde são falados os idiomas espanhol e português.

Para a professora Mônica Fantin, doutora em Educação pela UFSC, o legado de Mário ainda reside no Brasil. “A memória do Mário Kaplún, para mim e para muita gente no Brasil, é muito viva. São princípios inspiradores”, conta.

A história de Mário Kaplún e Ana Hirsz, suas obras e estudos estarão à mostra na sala multiuso Zahidé Muzart, no Bloco A do CCE, até 19 de abril. Em 13 painéis, a mostra destaca o papel do pensamento crítico na construção da democracia em sociedades midiatizadas.