Incidência de leptospirose em SC é a maior desde 2017
Dive registrou 2,6 casos confirmados a cada 100 mil pessoas até outubro
MALENA LIMA
A incidência de leptospirose em Santa Catarina alcançou 2,6 a cada 100 mil pessoas, maior número desde 2017, quando a proporção chegou a 4,5. Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), até 25 de outubro deste ano 196 casos foram confirmados, superando o total de 193 em 2022.
A Dive publicou um alerta epidemiológico devido às chuvas que provocaram enchentes em Santa Catarina. As orientações são que a população evite o contato com água possivelmente contaminada e permaneça atenta aos sintomas por até 30 dias, tempo de incubação da bactéria causadora da leptospirose. Os sintomas iniciais são febre alta, mal-estar, dores no corpo, especialmente na cabeça e nas pernas, e pele amarelada.
Oito mortes por leptospirose foram registradas até outubro, o que significa uma letalidade de 4,1%. Ano passado, a letalidade chegou a 6,7% com 13 mortes. O número vem diminuindo desde 2021, quando houve um aumento de 4,5% em relação a 2020.
O professor de infectologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Gustavo Pinto afirma que os casos de leptospirose aumentam em períodos de chuva, pois “as pessoas tendem a ter mais contato com águas potencialmente contaminadas, bem como lixo e entulho que podem conter urina de rato”.
Além da parcela da população que vive em condições habitacionais precárias, profissionais que exercem atividades insalubres, como coleta de lixo e reciclagem, também estão mais expostos à contaminação.
O Núcleo de Comunicação da Dive afirmou que não há estimativa para o total de casos neste ano e que “o serviço de saúde está sensível quanto à notificação e suspeição da leptospirose”.
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