Instituto Collaço Paulo oferece entrada gratuita para exposição “Indivisível Substância: Martinho de Haro e Florianópolis”
Relação do artista catarinense com capital é retratada em mostra que vai até 1º de julho
RAFAELA AZEVEDO
O céu, o mar, as baías, os barcos, a cultura e o folclore. Esse é o recorte da mostra “Indivisível Substância: Martinho de Haro e Florianópolis”, exposta no Instituto Collaço Paulo, em Coqueiros, Florianópolis. A exposição, que vai até 1º de julho, apresenta por meio dos pincéis do artista catarinense a cidade em que morou por mais de 40 anos, até o fim de sua vida. A visitação é de segunda a sábado das 13h30 às 18h30 e a entrada é gratuita, patrocinada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Inaugurado em julho de 2022, o Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada por Jeanine e Marcelo Collaço Paulo, que colecionam obras há mais de 40 anos e construíram um acervo focado em trabalhos de artistas brasileiros e catarinenses, compreendendo diferentes períodos históricos, técnicas e movimentos artísticos.
O objetivo do lugar é promover arte por meio de uma programação educativa, que inclui palestras, cursos, oficinas, dentre outras atividades, além das exposições.
São dispostas 46 obras do pintor modernista Martinho de Haro, que era natural de São Joaquim, mas que mudou-se para Florianópolis no início da década de 1940, após desenvolver sua formação artística no Rio de Janeiro e em Paris. Durante as décadas em que morou na capital, Martinho pintou a cidade sob diferentes ângulos, mostrando a cultura local e as belezas da Ilha de Santa Catarina.
Joana Amarante, coordenadora do Núcleo Educativo do Instituto, descreveu a arte de Martinho de Haro como única e falou do caráter nostálgico que suas obras transmitem. “Ele não idealiza a cidade, mas apresenta um recorte diferente e mostra vários momentos da trajetória dele a partir dos quadros. Passa uma saudade de uma Florianópolis que a gente não viveu”, afirmou.
Isabella Monsani, que visitava a exposição, descreveu a experiência como enriquecedora. “É uma oportunidade de conhecer Florianópolis pelos olhos de um pintor que retratou a cidade com tanto carinho”, disse.
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