São mais de 40 fotografias que buscam representar a evolução do movimento através das décadas

MARIA VICTÓRIA SAMPAIO

Representar a resistência da comunidade LGBTQIA+ com o passar das décadas e proporcionar maior visibilidade ao movimento são as principais finalidades da exposição fotográfica “Além do Tempo”, produzida por graduandos de Jornalismo, Artes Cênicas e Produção Multimídia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

A mostra, que ocorre em parceria com a Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da UFSC, iniciou em 17 de maio, e é gratuita e aberta ao público. A exposição acontece no Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, em Florianópolis, no campus Trindade, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, até 29 de maio.

O graduando de Artes Cênicas Douglas Edgar Vitório, um dos produtores da exposição, afirma que a principal motivação da mostra é incentivar o diálogo a respeito da diversidade sexual e de gênero na sociedade contemporânea. “Projetos como este são importantes para que esta pauta não caia no esquecimento e continue a ser um assunto atual e pertinente”.

Vitório conta que apesar de atuar como produtor, também foi um dos modelos fotográficos da exposição que tem como temática retratar o desenvolvimento e a resistência do movimento social, em um período de cem anos, de 1920 a 2020. A mostra tem caráter itinerante e está disponível no perfil oficial do projeto “Além Do Tempo”, na rede social Instagram.

Segundo Tadeu Locatelli, chefe da seção de exposições da SeCArtE, mostras como esta são importantes porque servem para auxiliar a construção de debates a respeito do tema na universidade, além de aumentar a visibilidade e o apoio à comunidade LGBT. “Pensamos na universidade como um aparelho público inclusivo, que deve abraçar a diversidade, para que haja uma maior identificação dos nossos estudantes da comunidade e também interação crítica com a sociedade”.

Com o intuito de aprimorar a experiência dos visitantes e dos artistas, Locatelli afirma que a Secretaria busca novos espaços para receber as próximas exposições, que ocorrerão durante o ano. “Estamos procurando novos espaços expositivos, lugares mais estruturados para receber muito bem o público e os novos projetos que virão ao Centro de Eventos no futuro, a SeCArtE preza muito por esta questão”, diz.